terça-feira, 8 de abril de 2008

Corações distantes




Quando decidimos fazer uma viagem, muitas vezes deixamos para trás tudo o que realmente importa. Então, por mais que amemos o novo lugar onde estamos, parece que o coração da gente ficou lá longe. Não nos sentimos completos, mesmo estando maravilhados com os novos amigos, as belas flores, os belos edifícios, a cultura. O que nos acalenta é que sabemos que, quando voltarmos, estarão esperando por nós todos aqueles que amamos. Então ficamos ansiosos por abraçar, cheirar e beijar novamente nossa família, namorado, bichinhos de estimação. Mas às vezes acontece que isso nunca mais será possível. Por exemplo, eu nunca mais vou apertar a Darla, minha gatinha. Ela morreu hoje, de hepatite. Quando eu saí para viajar, ela estava ótima, comilona, carinhosa, brincalhona. Ela gostava de enfiar a cabeça dentro do saco de ração para comer, mesmo tendo sua vasilhinha cheia. Às vezes o saco virava e era aquela bagunça no chão, com ela com uma cara de "o que aconteceu?". A hepatite foi fulminante. Num dia ela estava bem, no outro morta. Não houve nada que meu amor, minha mãe e o veterinário pudessem fazer. Ela se foi e jamais a abraçarei, beijarei e cheirarei ela novamente. Se meu coração ficou no Brasil, a distância não faz a dor ser menor.


Darla, eu te amei, te amo e sempre amarei. Espero encontra-la um dia, brincando ao lado de Bast. Fique em paz, querida.

2 comentários:

Unknown disse...

SOLANGE...

A Saudades é grande mas o fato de Saber que você esta bem,Feliz,junto com pessoas que te dão apoio no seus projetos, nos Conforta.Estou Orgulhoso de Você pois é muito bom Saber que uma"filha" esta atingindo seus Objetivos.De um Abraço à todos e em Especial ao Mianaga.Beijos Te Amamos Muito. Terezinha e Toninho.
Responder no Meu email toninho.video@bol.com.br

Creator disse...

Querida filha!
Um momento de inspiração a partir de um sonho às 7:51 do dia 15 de abril.

Darla visitou-me a noite.
Seus olhos prescrutadores abundavam de perguntas.
Seu corpo contorceu-se em sinais de amizade, carinho e atenção, roçando seu pelo macio aos pelos de minha perna.
Um mio, distante chamou-nos a atenção.
Da noite da casa gigante onde estavamos o mio-chamado tornou-se insistente.
Darla virou-se e seus olhos iluminaram de tal maneira que seu corpo inteiro confundiu-se com luz.
E a pequena luz, ligeira, faceira, como o risco de uma estrela cadente mergulhou como flexa certeira num coração ainda maior.
A mim, ofuscado pela replandescencia de tanta luz ouvi o meu coração: ela já espera e vela por aqueles que amou!
Bençãos Fecundas.
Marcelo Agnan