Como já disse na postagem anterior, depois de Kobe seguimos para Hiroshima. Fomos direto ao famoso Memorial da Paz ou Cúpula da Bomba Atômica. Este edifício era originalmente um prédio da prefeitura e fica ao lado de um rio. Neste rio, havia uma ponte que formava um T, que era muito fácil de ser visto do céu por um avião. Foi ela o marco para soltar a bomba atômica, que explodiu algumas dezenas de metros acima do local e a 150 metros de distância. Foi um dos únicos edifícios que não foi totalmente destruído na hora da explosão, mas todas as pessoas que estavam dentro dele morreram imediatamente, claro
Depois que a cidade começou a se reconstruir, muitas pessoas queriam que o local fôsse destruído, mas acabou-se concordando que ele deveria ficar ali como uma lembrança do terror. Em 1996 a UNESCO o declarou como Patrimônio da Humanidade.
Quando Hiroshima foi bombardeada, corria-se o boato (provavelmente espalhado pelos americanos) que nenhuma planta ali cresceria por 75 anos. Essa notícia fazia ainda mais aumentar a tristeza dos sobreviventes, pois todas as árvores, flores, folhas foram carbonizadas instantaneamente. Porém, ao contrário das sombrias perpectivas, rapidamente a grama começou a brotar, e folhas e flores começaram a surgir nas árvores aparentemente mortas.
Mesmo as árvores-fênix que tinham sido queimadas até ficarem totalmente pretas, começaram a produzir botões.
O reaparecimento do verde na cidade foi muito importante para as pessoas que tinham perdido tudo e que não tinham esperança de nada. Ver aquelas folhinhas e flores reaqueceu o coração de todos os cidadãos, que criaram forças para lutarem pela paz mundial e abolição das bombas nucleares.
As árvores fênix em 1973 foram tranplantadas para o Parque do Memorial da Paz e suas sementes foram e são plantadas por todo o Japão e pelo mundo afora. Não consegui descobrir o nome científico delas.
A banda japonesa de pós-rock Mono (que os amantes de Sigur Rós e Mogwai devem conhecer) possui um CD chamado “Phoenix tree”, inspirado nessas árvores da esperançca.
Andando por volta do Parque, é triste pensar que nada ali tem muito mais de 50 anos.
Depois que a cidade começou a se reconstruir, muitas pessoas queriam que o local fôsse destruído, mas acabou-se concordando que ele deveria ficar ali como uma lembrança do terror. Em 1996 a UNESCO o declarou como Patrimônio da Humanidade.
Quando Hiroshima foi bombardeada, corria-se o boato (provavelmente espalhado pelos americanos) que nenhuma planta ali cresceria por 75 anos. Essa notícia fazia ainda mais aumentar a tristeza dos sobreviventes, pois todas as árvores, flores, folhas foram carbonizadas instantaneamente. Porém, ao contrário das sombrias perpectivas, rapidamente a grama começou a brotar, e folhas e flores começaram a surgir nas árvores aparentemente mortas.
Mesmo as árvores-fênix que tinham sido queimadas até ficarem totalmente pretas, começaram a produzir botões.
O reaparecimento do verde na cidade foi muito importante para as pessoas que tinham perdido tudo e que não tinham esperança de nada. Ver aquelas folhinhas e flores reaqueceu o coração de todos os cidadãos, que criaram forças para lutarem pela paz mundial e abolição das bombas nucleares.
As árvores fênix em 1973 foram tranplantadas para o Parque do Memorial da Paz e suas sementes foram e são plantadas por todo o Japão e pelo mundo afora. Não consegui descobrir o nome científico delas.
A banda japonesa de pós-rock Mono (que os amantes de Sigur Rós e Mogwai devem conhecer) possui um CD chamado “Phoenix tree”, inspirado nessas árvores da esperançca.
Andando por volta do Parque, é triste pensar que nada ali tem muito mais de 50 anos.
A primeira foto é tipicamente de turista, ou seja, eu na frente da Cúpula da Bomba Atômica.
A segunda eu tirei de cima da ponte em forma de T, que serviu de marco para os aviões. Muitas pessoas na hora da explosão, não suportando o calor, se jogaram no rio, só que a água estava fervendo.
A terceira é a foto de uma foto de como estava em volta do edifício da Cúpula.
A quarta mostra o mesmo local hoje, cheio de plantas e famílias passeando. O local está limpo de radiação, mas ainda hoje os sobreviventes sofrem com os efeitos.
A quinta foto mostra onde de fato a bomba caiu. Fica a mais ou menos uns dois quarteirões da Cúpula, numa rua com vários predinhos de apartamentos, sem nenhuma indicação especial, a não ser essa pequena placa.
2 comentários:
Pois é, "o horror, o horror" parafraseando Joseph Conrad em "No coração das trevas" (que depois foi parafraseado no "Apocalipse Now").
Bem interessante o fato de não chamarem muito a atenção apra o local da queda da bomba, mas sim para os resultados dessa queda.
Quase posso ler seu post escutando a voz de Ney Matogrosso cantando belamente a triste Rosa de Hiroshima...
Falando em música, já que você citou Mono (e eu acho que entedi uma indireta) você pode colocar algum CD da banda na lista de rpesentes, eu realmente gosto dessa banda, mesmo.
Árvores fênix? Nunca ouvi falar... Muito legal isso. É muito legal a importância que o Japão dá para nossas irmãs de casca e folhas, não é? Extremamente inspirador que uma nação reconheça o poder desses seres antigos em um terra.
Mais uma vez, obrigado pela narrativa, pelo partihamento de seu diário...
Beijocas.
ps: para animar um pouco, e voltando à música, essa semana toca no Brasil a "Rainha Japonesa do Funk Carioca". Chama-se Tigarah e faz muito sucesso aí no Japão ao tentar imitar o que ela conhece de funk carioca. Na verdade, é um lixo sem ritmo cantado em japonês, hehehe.
Ah, antes que eu me esqueça: a segunda foto está ótima, mas eu adoro ver você pagando de turista. Hahahaha!
Beijinhos.
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