quinta-feira, 8 de maio de 2008

Museu Comemorativo da Paz de Hiroshima



O Museu Comemorativo da Paz de Hiroshima é extremamente dramático. Ele foi inteiro projetado para chocar os visitantes, e consegue, claro.
Você recebe um guia de áudio para aproveitar melhor a visita. Com este guia você vai passando por diversas salas, começando mostrar como era Hiroshima antes do bomboardeio. Depois disso, mostra um pouco do cotidiano das pessoas e a atitude do governo que exigiu que os japoneses doassem todos os metais que tinham em casa: espadas, panelas, móveis, etc. Você pode aprender como surgiu o Projeto Manhattan, há vídeos mostrando testes nucleares americanos usando cachorros, porque Hiroshima foi escolhida (entre os motivos, era que a cidade tinha um alto poderio militar, mas não tinha prisioneiros de guerra dos aliados e não tinha sido bombardeada ainda, o que permitia que os efeitos da bomba pudessem ser bem analisados porteriormente).
Depois começa o museu de horrores. Há uma sala enorme em que você pode ver inúmeras roupas rasgadas e queimadas, couros cabeludos, unhas, orgãos com tumores fixados, sandálias, relógio de bolso quebrado marcando a hora da explosão, uniformes queimados de estudantes janelas de ferro entortadas por causa do impacto, potinhos de cerâmica derretidos e mais uma infinidade de fotos mostrando pessoas queimadas ou com câncer. É terrível e quase beira o mau gosto. Porém, acho que um lugar assim tem que existir, nu e cru, sem esconder nada do terror daqueles dias. Uma das coisas expostas mais famosa e chocante é a sombra de uma pessoa que ficou impressa num degrau de pedra. A pessoa provavelmente estava sentada no degrau do edifício que era um banco esperando a hora da abertuda. A bomba caiu muito perto e a pessoa recebeu todo o impacto, tendo desaparecido instantaneamente e apenas sua marca permaneceu

2 comentários:

Aurvandill disse...

Sabe, acho que conhecer esse museu deve ser muito instigante e tudo o mais, apesar do choque e do desconforto com esse trágico e insquecível momento de nossa história.
Entretanto, lendo seu blog, por mais piegas que seja, senti que o Memorial das Crainças está mais carregado de emoções. Até doeu ler...
Beijos.

Unknown disse...

RICARDO JOSÉ SIVIERO. Muito boa sua materia!!!
Morei no Japão por 5 anos e tive o prazer de conhecer Hiroshima, quem ve a cidade hoje jamais pensa que aconteceu a maior trajedia do mundo, a cidade é linda, tenho varias fotos de la!!!
Quem entra no museu, com certeza ira ficar chocado e com o coração apertado, milhares de vitimas inocente sendo queimadas num piscar de olhos.
Parabens pela materia Solange.